Desejo e Mentiras l Capítulo 4

 

Capítulo 4 - A Mulher Misteriosa

Olá meninas, prontas para passar um pouco de raiva e outras emoções? então aproveitem esse capítulo está especialmente delicioso.

Há, não esqueçam a playlist !! divirtam-se!!


Música 1 – Gemini Feed – Banks

Música 2 – Wise Enough – Lamb

Música 3 – Love is a Bitch – Two Feet

Música 4 – Strangers – Halsey and Lauren Jauregui

Música 5 – Wallflower – Kimberly August


Parada no meio da pista de dança bem em frente ao palco como uma estátua, ouvi a voz de Alex, levantei a cabeça e a vi vindo em minha direção rindo e com uma cara de quem não estava acreditando no que viu.

- Puta que pariu Jackie, você é uma vadia sortuda, anda me fala o que ela te disse, pensa que não vi ela falar algo no seu ouvido? – Alex falava pegando em meu braço.

Eu ainda estava meio sem saber o que tinha acontecido e ainda estava hipnotizada com aquele show e aquela mulher, estava tudo um tanto confuso naquele momento, meu corpo tremia por inteiro, apenas por causa daquela mulher.

- Calma Alex, pelo Amor de Deus, eu preciso de uma bebida forte neste momento, mal consigo engolir minha saliva. – disse já me dirigindo ao bar logo atrás de mim, eu podia sentir uma gota de suor escorrer pelo meu rosto.

Encostei no balcão e logo vi Luc também chegando com uma cara de curiosidade e excitação, meu Deus será que todos notaram que a mulher falou comigo? Não pode ser, foram apenas três palavras, tudo isso em menos de dois segundos.

- Haaaa, pode falar logo, que porra aconteceu naquele show? Aquela mulher fez tudo aquilo que fez sem tirar o olhar de você nem um segundo, eu estava de longe observando e vocês estavam uma olhando para a outra que pareciam que iriam se comer ali mesmo, juro que quando te vi indo em direção ao palco e aquela mulher chegou ao chão totalmente nua vocês iriam se atracar ali mesmo. – Luc disse empolgado.

Eu ainda não conseguia falar uma palavra sequer, eu precisava de algo para molhar minha garganta, me virei de frente para o balcão e quando ia pedir minha bebida uma das moças que estava dentro do balcão simplesmente vinha em minha direção com um copo longo com bastante gelo e um líquido vermelho, chegou bem perto de mim para entregar o copo e falou:

- Mandaram lhe entregar esta bebida, creio que deve ser sua predileta.

Só ouvi Alex gargalhando atrás de mim, eu fiquei olhando para a moça por alguns instantes e ela com o copo na mão fez sinal com a cabeça para que pegasse o copo de sua mão, eu estava um tanto paralisada, que porra está acontecendo? Primeiro aquela mulher que me deixou em um estado deplorável, agora essa moça me entregando uma bebida pronta sem eu ainda ter pedido dizendo que alguém mandou me entregar e que era minha bebida predileta, peguei o copo das mãos da moça ainda sem acreditar no que estava acontecendo, ela se virou e continuou atendendo as outras pessoas, não me parecia que estava interessada em mim. Então levei o copo até meus lábios para beber, fechei os olhos enquanto aquele líquido descia pela minha garganta no momento que senti seu gosto amargo, era Campari com muito gelo e suco de limão, mas calma, como ela sabia que essa era minha bebida predileta? Fiquei ali parada pensando e lembrei que ela disse que mandaram me entregar a bebida, ou seja isso não saiu da cabeça dela, tá só pode ser Alex tirando onda com a minha cara.

- Alex, sua infeliz, você mandou ela me entregar essa bebida não foi? Só para me deixar maluca? Falei um tanto irritada.

- Você está louca Jackie, eu nem consegui chegar perto desse balcão, é sério, não fui eu. – Alex era meio maluca, mas parecia estar falando a verdade.

- Luc então foi você, porque não conheço mais ninguém nesse lugar, ou seja, quem mais além de vocês dois poderiam saber disso? Vocês estão de brincadeira comigo?

- Jackie, fique calma pelo amor de Deus, não fomos nós, sei lá vai que tem alguma mulher que você já saiu por aqui e mandou te entregar essa bebida? Falou Luc com cara de que de fato não tinha sido ele.

- Não sei não, pouquíssimas pessoas sabem que realmente essa é minha bebida predileta entre todas, posso contar nos dedos de uma mãos e entre todas essas pessoas somente vocês dois estão aqui, agora terei que incluir a Lena nesta lista já que acabou de ficar sabendo disso, ou seja se vocês dois estão me dizendo que não disseram eu começo a ficar com medo. - disse de forma pensativa.

Jackie, Jackie, vamos lá se concentra, pare de tremer e beba mais um pouco pensei em voz alta enquanto não queria acreditar no que estava acontecendo, além de Alex e Luc apenas minha mãe e Alicia sabiam que Campari era minha bebida predileta de fato e preparada daquela maneira em copo longo com bastante gelo e suco de limão, mas tenho certeza que minha mãe não está aqui, porra então é ela, só pode ser, saí feito um furacão andando por todo aquele lugar com o copo na mão, não podia ser, ela está aqui, só pode ser ela, andei como uma maluca de um lado para o outro olhando em cada mísero canto daquele lugar e não encontrei Alicia, eu estava visivelmente transtornada foi quando Alex chegou perto de mim por trás e segurando com forma em meu braço e me puxando.

- Jackie, por favor, o que está acontecendo, você parece uma psicopata procurando alguma coisa, já estão todos olhando para você, vamos para aquela área externa conversar. – disse Alex praticamente me arrastando pelo braço para uma pequena área com um jardim e externo que havia no lado oposto ao palco.

Abri a porta e pude de fato respirar profundamente, eu realmente estava descontrolada naquele momento e Alex me conhecia tão bem que notou no mesmo instante que eu precisava respirar. Abri minha pequena bolsa e tirei o maço de cigarros de dentro, eu precisava de nicotina, precisava me acalmar ou iria ter um treco bem ali e acabar com a noite, ascendi meu cigarro e dei uma longa tragada sentindo a nicotina percorrer minha corrente sanguínea e ir me acalmando lentamente, Alex me conhecia e ficou quieta por alguns instantes até eu minimamente me recompor, pois quando estava assim eu não ouvia nada do que falassem para mim. Após umas quatro tragadas eu já estava melhor, Alex se colocou a minha frente e me abraçou forte.

- Jackie, o que aconteceu? Porque você ficou assim descontrolada. – falou com uma voz calma, ela era um tanto maluca, mas nos momentos sérios ela era uma boa amiga.

- Alex, meu dia está sendo uma merda, essa é a verdade, hoje já aconteceu de tudo, perdia a hora, fui para o estúdio e pensando na transa com Laura quase perdi o prazo de entregar o material da agência, enquanto tomava banho lembrei em detalhes o dia que conheci Alicia e agora essa loucura da bebida, porra Alex você sabe que além de você, Luc e minha mãe só Alicia sabe que essa é minha bebida predileta, ou seja se não foi nem você nem Luc e minha mãe definitivamente não está aqui, quem poderia ser? Eu fiquei pirada, comecei a vasculhar todos os cantos desta maldita boate para encontrá-la, mas não encontrei.

_ Jackie, fica calma, pode ter sido apenas uma infeliz coincidência ou alguma maluca com quem você saiu que ficou sabendo desta bebida e de alguma maneira e está tentando te provocar, você sabe que já deixou muitos corações partidos pelo caminho, não é?

- É pode ser, não dá para descartar essa possibilidade e afinal Alicia está muitos e muitos quilômetros de distância daqui, não quero mais pensar nela hoje pelo menos. Disse com um pouco de alívio.

- Vamos, relaxe, vamos entrar e nos divertir, afinal você já ganhou a noite hoje, só precisamos encontrar aquela mulher, assim você tem uma ótima noite de sexo selvagem e esquece a louca da Alicia.

Lembrei da mulher e dos olhares que trocamos enquanto ela deslizava naqueles tecidos vindo do teto até o chão, aquele corpo fodidamente gostoso e perfeito e aquela voz em meus ouvidos, será que ela estaria ainda por aqui ou será que só fez o seu show e foi embora? Bem eu precisava descobrir, afinal ela havia despertado algumas sensações em meu corpo que há tempos não sentia.

(play na música 1)

Alex como uma boa amiga, com um sorriso sacana ficou ao meu lado, lançou seu braço sob meus ombros e entramos juntas, assim que abrimos a porta pude ouvir aquela música deliciosamente sexy tocando, tudo nesse lugar é feito propositalmente para nos causar sensações, eu realmente nunca havia ido a um lugar assim e posso confessar que se a intenção era essa estava funcionado. Fomos em direção a uma das saletas onde estavam Lena e Luc, os dois estavam rindo horrores, já deviam estar embriagados.

- Gente, vocês estão bem? Falei rindo da cara deles.

- Jackie, isso aqui é uma loucura a gente fica com tesão só de estar aqui e nós estamos nos divertindo com a pegação, a mulherada não está pra brincadeira não, eu e Lena não conseguimos parar de olhar para essa sala ao lado, olha aquilo a loira sentada no colo da outra e detalhe a mão da morena está por dentro de seu vestido, ales estão transando ali mesmo. – disse Luc empolgado.

- Bom, eu preciso de outra bebida, já ia me dirigindo ao bar quando Alex segurou meu braço.

- Jackie, deixa que eu pego uma bebida para você, senta aí antes que aconteça mais alguma coisa, ou alguma louca pule em seu pescoço. – disse Alex rindo e indo em direção ao bar.

Eu dei um sorriso de leve para ela e assenti com a cabeça, afinal vai saber né? Melhor eu ficar por aqui um pouco mesmo, sentei-me em um dos sofás a frente de Luc e Lena, no centro entre os dois sofás havia uma mesa com algumas velas, que deixava o lugar ainda mais instigante e sensual. Aproveitei para olhar todo aquele lugar com detalhes já que logo que entramos aquelas mulheres começaram a descer do teto e não vi mais nada além disso e logo depois eu dei uma pequena surtada, mas enfim, já estou recomposta.

Olhava ao redor e prestava atenção em todas aquelas mulheres, todas muito bonitas e bem vestidas, de fato era um local sofisticado e todas estavam a altura do lugar, eu adoro sair e ficar quieta em um canto analisando as reações das pessoas, como elas se comportam, as reações de seus corpos ao álcool é algo interessante, até a mais tímida das mulheres após algumas doses pode ser bem sexy e provocante, é como coragem líquida, a bebida na medida certa nos tira a inibição e nos traz à tona nossos desejos mais profundos e obscenos e é incrível como até a postura de nosso corpo muda quando estamos nesta situação.

Eu estava imaginado de quem seria aquele lugar, quem teve a ideia de montar um lugar desse tipo e porque, esse lugar exala luxúria e prazer, a intenção é clara e objetiva, tipo divirtam-se e liberem seus desejos mais profundos, é essa a mensagem que vejo e sinto em cada centímetro do meu corpo com a sensações causadas pelo espaço, pelas músicas que tocam, tudo leva a esse clímax. Alex disse que leu na reportagem que era uma empresária de fora do País, meu Deus eu imagino o que se passa na cabeça de uma mulher dessas e fico até com medo de conhece-la pois posso imaginar se tudo isso saiu de sua cabeça como seria uma noite com ela.

(play na música 2)

Alex já havia trazido minha bebida, eu ainda estava sentada no sofá observando tudo ao redor, ela e Lena já estavam nos amassos no sofá a frente e Luc, há, esse já estava perdido por aí, eu segurava meu copo e com a ponta do dedo indicador mexia de forma circular o gelo dentro do copo, isso era pra mim como um ritual, então baixei os olhos enquanto mexia o gelo tirei o dedo do gelo e o levei diretamente a minha boca enquanto levantava meu olhar novamente em direção as pessoas ao redor, ainda com o dedo na boca, senti como se alguém estivesse me observando, levantei meu olhar em direção ao bar, e paralisei por alguns segundos, não acredito no que estou vendo, era ela, a dançarina, eu mau consegui tirar o dedo da boca e nossos olhos já estavam fixos novamente, aquilo era arrebatador, nenhum músculo do meu corpo se movia, eu só podia sentir meu peito pulsar, eu podia sentir minha artéria do pescoço saltar e minhas mãos molhadas, ela estava absolutamente incrível, estava vestida em um vestido preto, longo e extremamente justo, que marcava perfeitamente seu corpo escultural, perfeito e delicioso, suas curvas pareciam milimetricamente proporcionais, seu vestido tinha um rasgo na lateral que chegava até a parte de cima de suas coxas bem torneadas, na frente o decote descia bem abaixo dos seios, que por sinal eram volumosos, ela estava com aqueles cabelos cor de cobre soltos e levemente ondulados e com uma maquiagem incrível que ressaltava de forma majestosa seus belíssimos olhos verdes tão profundos, nos pés uma sandália preta com pequenas pedras transparentes que davam um brilho especial com as luzes ao redor, os saltos altíssimos a deixavam elegante e sexy, em sua mão ela segurava um pequeno copo com um coquetel de cor alaranjada. Ela estava ali, parada com seus olhos fixos em mim e com um sorriso tão sacana que eu poderia me jogar em seus braços naquele exato momento, ela levou o copo até seus lábios bebendo um pouco da bebida, passou a língua levemente em seus lábios mordendo levemente, ela sabia que aquilo me deixaria alucinada e de fato deixou, eu já podia sentir meu sexo quente, eu estava molhada só com aquele olhar, meu Deus ela é um demônio, isso vai acabar comigo.

De repente vejo um rapaz bem jovem chegando perto dela e falando algo em seus ouvidos, parecia lhe dar algum recado, nossos olhos ainda estavam conectados, ela não olhou para ele, apenas assentiu com a cabeça e manteve seus olhos fixos nos meus, me deu um sorriso e levantou o copo em sinal de brinde, eu retribui seu gesto com um sorriso sacana, ela virou as costas e foi em direção a parte de trás do palco.

Porra, eu estava temendo da cabeça aos pés, quando olhei para Alex e Lena, as duas estavam paradas olhando para mim de boca aberta, eu dei um sorriso de canto e elas começaram a rir como se já soubessem o que estava rolando.

- Jackie, o que foi aquilo? Era a dançarina não era? Aquela mulher que desceu dos céus nua enrolada em fitas – falou rindo.

- Nossa, até eu fiquei em choque com o jeito que ela te olhou Jackie. – disse Lena com sua voz doce e suave.

- Que porra Jackie, vai atrás dela pelo amor de Deus, porque se você não for, vou eu. – disse Alex entusiasmada.

- Alex, eu juro que hoje eu te mato, vai atrás daquela mulher e acabo com sua vida – falou Lena dando vários tapas no braço de Alex e gargalhando.

- Calma meu amor, foi só força de expressão, mas você há de convir que Jackie tirou a sorte grande, pelo menos mais da metade das pessoas que estão aqui incluindo homens e mulheres estão desejando aquela mulher e ela só olhou para Jackie.

- Meninas eu não posso, sinto que aquele diabo vai acabar comigo, porque aquela mulher só pode ser um demônio tentando me testar. – falei rindo.

- Vocês viram os olhos dela? É um verde tão profundo que dá para se perder dentro deles, estou com uma sensação que isso não daria certo.

- Há, por favor Jackie, nos poupe disso, sabemos que você adora exatamente as diabas, não é? - disse Alex com um tom de sarcasmo.

- Sim, adoro mesmo, mas meu corpo me diz que essa mulher será meu fim, minha perdição.

Não sei por que, mas meu corpo estava sedento por possuir aquela mulher, mas algo nela me incomodava o suficiente para que eu hesitasse, se não fosse por essa sensação eu com certeza já teria ido atrás dela, não tenho dúvidas disso. Resolvi permanecer exatamente onde eu estava, chega de confusão por hoje, apesar de meu corpo desejar profundamente aquele corpo eu ia ficar exatamente onde estava, continuei bebendo e tirei os olhos da porta por onde ela entrou na lateral do Palco.

- Meninas vou até o Toilette, já volto. – disse já me levantando do sofá e apoiando meu copo vazio na mesa a minha frente.

- Sim Jackie, vai lá mesmo e aproveita e se seca, porque você deve estar toda molhada a essa altura. – disse Alex.

- Nossa Alex, você não tem jeito mesmo, mas pode deixar vou me secar, fica tranquila. – disse gargalhando.

Me dirigi ao Toilette, entrei e me deparei com outro lugar inesperado, será que tudo aqui foi realmente estrategicamente pensado para nos deixar maluca? As paredes, piso e teto eram de um revestimento vermelho carmim, pareciam pequenas pastilhas em vidro, mas não eram tão brilhantes, eram meio aveludadas, eu nunca havia visto aquilo antes, nas paredes haviam enormes fotografias em tamanho real de mulheres nuas mas como se estivessem tendo orgasmo, eram somente silhuetas, mas dava para sentir cada sensação, há uma bancada enorme que vai de uma ponta a outra de pedra preta com um espelho na frente e a iluminação é baixa e alaranjada, meus Deus é só um banheiro, eu vim pra me recompor e fiquei pior, parei em frente a bancada de pedra, abri a torneira, molhei as mãos e coloquei atrás de meu pescoço, na nuca para ver se meu corpo esfriava um pouco, fiz uma leve pressão coloquei a cabeça de lado e fechei os olhos um pouco, tentando ficar calma, abri os olhos, me olhei no espelho deu um sorriso sarcástico e balancei a cabeça em sinal de negação, eu sabia que aquela noite ia dar merda, eu me conhecia, então peguei uma tolha de papel, sequei minhas mãos e fui em direção a saída no toilette, precisava de mais uma bebida e muita calma.

Assim que saí, já dentro do grande salão, senti alguém pegar em meu braço por trás, eu levei um susto e me virei rapidamente, dei de cara com aquele rapaz que havia falado algo no ouvido da dançarina, céus o que ele queria comigo?

- Srta. Tenho um recado para lhe entregar. – disse o rapaz com uma voz de anjo e estendendo a mão para me entregar um pequeno papel dobrado que estava em suas mãos.

- Obrigada. – respondi meio engasgada, ele apenas sorriu e foi embora.

Lá estava eu, parada no meio do salão olhando para aquele pedaço de papel dobrado em minhas mãos, mas não sei o que era maior, a curiosidade ou o medo de saber o que havia escrito ali.

Fiquei por alguns minutos segurando aquele pequeno pedaço de papel até decidir abri-lo, a curiosidade venceu, abri lentamente o papel que estava dobrado ao meio.

"Te espero ansiosa - camarim 2"

Eu sabia, tinha certeza que aquele demônio ia me tirar o resto de razão que eu ainda tinha, por mais que minha intuição dissesse para eu não ir, meu corpo não, ele estava tremendo de desejo por aquela mulher, guardei o bilhete em meu bolso e fui em direção a lateral do Palco, os camarins só poderiam ser ali, pois das duas vezes ela se dirigiu para aquele lugar, cheguei perto do palco e uma cortina preta com abertura no centro estava a minha frente, coloquei minha mão na abertura para ter alguma visão da parte de dentro, notei que havia um corredor todo preto, com alguma luminárias no piso que de fato não estavam iluminando tanto assim, fui entrando devagar no corredor e pude ver algumas portas de ambos os lados, fui caminhando devagar, mal podia enxergar o chão com aquela iluminação, eu estava de salto e isso poderia ser uma tragédia, passei por duas portas e nenhuma delas tinha identificação, será que estou no lugar certo me perguntei, bem vou seguir um pouco mais e logo a minha frente havia mais uma porta do lado esquerdo e uma pequena inscrição indicando camarim 1, bem pela lógica deve ser a próxima porta, dei mais uns quatro passos e pude ver a outra porta camarim 2, meu coração disparou neste momento, eu parei em frente a porta por alguns segundos, engoli seco, respirei fundo e decidi entrar.

(play na música 3)

Coloquei a mão na maçaneta e a girei lentamente até a porta ir se abrindo lentamente, pela fresta da porta eu podia ver como se fosse uma pequena sala com um enorme sofá de veludo vermelho, um belíssimo tapete felpudo branco e algumas velas espalhadas pelo chão e em cima de um pequeno bar, parecia que era a única coisa que estava iluminando aquele lugar, abri mais um pouco da porta já colocando um de meus pés para dentro pude sentir seu perfume, era um aroma excitante, levemente adocicado com notas de especiarias e madeiras, havia algo picante, tinha a sensação que podia senti-lo em meu paladar, ouvia uma música ao fundo, abri mais um pouco a porta e ouvi sua voz rouca e arrastada, totalmente sexy.

- Entre, estava te esperando.

Abri o restante da porta e lá estava ela, em pé a poucos metros de mim, de costas para a porta bem ao fundo do camarim, estava com um copo em suas mãos e pude ver mais de perto o seu vestido, ele deixava suas costas completamente nua, então ela se virou e pude ver aqueles olhos verdes novamente, fechei a porta atrás de mim, mas sem tirar os olhos dela que agora me abria um sorriso malicioso e vinha caminhando lenta e elegantemente em minha direção, a cada passo que dava a abertura de seu vestido deixa suas coxas a mostra, aquele vestido valorizava seu corpo, como se aquilo fosse preciso pois seu corpo era perfeitamente delicioso, eu podia sentir o calor subindo pela minha coluna até chegar a minha cabeça, eu realmente estava muito excitada, ela foi se aproximando até ficar de frente para mim, eu estava totalmente imóvel e sem reação, ela estava tão próxima que eu podia sentir seu hálito quente, que a cereja e álcool, neste momento seus olhos estavam em uma tonalidade mais escura, ela mordeu levemente seus lábios.

(play na música 4 e 5)

Em uma fração de segundos ela beijava minha boca com força e desejo e eu retribuí, sua língua serpenteava com fervor, ela sugava e mordia meus lábios, fui ficando enlouquecida e a puxei com força de encontro ao meu corpo, suas mãos estavam totalmente entrelaçadas em meus cabelos, coloquei minhas mãos em sua cintura apertando contra meu corpo até alcançar com uma das mãos suas coxas por aquele rasgo de seu vestido e subindo até sua bunda, apertando com força enquanto nossas bocas já ardiam com aquele beijo sedento e cheio de tesão, ela foi me arrastando para próximo do sofá e me empurrou, caí sentada totalmente desajeitada com os cabelos desgrenhados, passei a língua em minha boca e pude sentir o gosto de sangue, a filha da puta havia me mordido com vontade, ela estava agora parada em minha frente ao som desta música e começou a dançar de forma sensual, balançando seu quadril de um lado para o outro com a cabeça levemente arqueada para o lado e os cabelos longos sobre um dos lados caindo pelos ombros até seus seios, tinha no rosto uma feição de malícia e desejo que eu jamais havia visto em outra mulher, desencostei do sofá e levei minhas mãos em direção a suas coxas, ela segurou minhas mãos com força.

- Não me toque, esse é o trato, apenas admire

Filha da puta, ela definitivamente queria me matar de tesão, eu já estava completamente molhada e ela continuava a dançar, agora ela colocava uma de suas mãos em sua coxa e foi subindo até alcançar seu sexo e começou a acaricia-lo, ela foi levantando seu vestido até eu poder ver sua lingerie preta de renda e sua cinta liga, ela estava fazendo de propósito, em sua boca um sorriso de luxúria e sua respiração ofegante, eu já estava em uma situação deplorável, eu apenas queria fodê-la, eu queria colocar minha boca em seu sexo quente e molhado, eu podia notar que ela estava excitada.

- Gosta do que vê? Ela me perguntou com a voz embargada de desejo.

- Sim, adoro o que estou vendo, mas deixe-me te tocar por favor.

- Não – disse ela sorrindo

- Porra, eu não estou aguentando, eu quero seu corpo.

Ela então se aproximou, abriu suas pernas colocando-as por fora das minhas, eu permanecia sentada, novamente levei minhas mãos até suas coxas e ela as tirou.

- Já disse para não me tocar.

- Porra, o que você quer de mim, quer me matar, é isso? Eu já quase não tinha mais voz.

Ela então se virou de costas e continuou a dançar, seu quadril ia de um lado para o outro e suas mãos entrelaçadas em seus longos cabelos, eu podia ouvir seus leves gemidos, ela estava ali com a bunda praticamente no meu rosto e eu não podia tocar, eu sabia ela era um demônio, eu poderia ter um orgasmo só de olhar, ela então levantou um pouco mais seu vestido dando liberdade a suas pernas e continuou a rebolar em frente ao meu rosto, de repente deu uma leve olhada para traz com uma cara devastadora, eu podia ver todo desejo em seus olhos.

- Só vou falar mais uma vez, não me toque.

Então ela foi descendo e sentou em minhas pernas esfregando e rebolando aquela bunda deliciosa em meu sexo, filha da puta, porque ela está fazendo isso comigo, parece quase que um castigo, ela arqueou o corpo para trás até encostar suas costas em meus seios onde roçava lentamente, virou apenas seu rosto e tomou minha boca em outro beijo quente e feroz.

- Porra, você está me deixando louca, eu posso gozar com você assim sabia?

- Não, você não vai gozar, não hoje.

- Como assim, eu não estou mais aguentando, deixa eu te tocar.

Ela simplesmente se levantou, abaixou seu vestido e seguiu até seu copo de bebida, me deixando ali plantada e imóvel no sofá, ela colocou seus longos cabelos para trás deixando-os cair sobre suas costas nuas, me olhou de longe e sorriu, eu não estava entendendo nada porque ela simplesmente parou do nada e se levantou? Então caminhou até mim, colocou sua mão em meu queixo o apertando e me fazendo levantar do sofá e levando minha boca bem próxima a sua, lambeu meus lábios de um lado ao outro, ainda segurando meu queixo com força.

- Acabou a diversão, por hoje é só. - Ela disse empurrando meu rosto e se afastando novamente indo até o bar e colocando um pouco mais de bebida em seu copo.

- Como assim? – perguntei com um ar de espanto, eu não estava entendendo porra nenhuma do que estava acontecendo.

- Simples assim – pode ir agora.

- Mas

- Amanhã me apresento novamente, venha me ver.

Eu estava em choque, mas ela não iria mudar de ideia eu sentia isso, seus olhos já estavam em um verde mais claro e sua feição já não era de desejo, como ela consegue fazer isso, há um minuto atrás pensei que ela iria gozar se esfregando em mim e agora ela já está totalmente recomposta.

- Quem lhe garante que eu venho amanhã? - Disse com um ar de superioridade tentando deixar ela desestabilizada.

- Seu corpo, ele garante que você estará aqui amanhã – ela disse com um sorriso tão malicioso que fiquei até com raiva.

Ela simplesmente abanou a mão para que eu saísse dali.

- Filha da puta – eu disse com raiva

E mesmo indignada eu saí e bati a porta com força e pude ouvir suas risadas do lado de dentro.

Neste momento eu estava muito puta, aquela filha da puta me fez de idiota e nem sequer falou seu nome, que ódio, era o que eu estava sentindo, saí daquele corredor como um furação, fui em direção a porta e simplesmente fui embora daquele lugar, nem lembrei de Alex, Lena e Luc que estavam lá, chamei um táxi e fui para meu apartamento, chega, hoje definitivamente eu deveria ter continuado em minha cama quando acordei.


Continua...

Será que Jackie voltará?

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