Desejo e Mentiras l Capítulo 5

 

Capítulo 5 - Jogo Perigoso

Olá meninas, um capitulo novinho e cheio de novidades, agora o jogo começou pra valer, aproveitem a Leitura e não esqueçam a Playlist, boa Leitura!!

Música 1 – Girls Go Wild – LP

Música 2 – Brain – Banks

Música 3 – Love is a Bitch – Two Feet

Música 4 – Strangers – Halsey and Lauren Jauregui

Música 5 – Wallflower – Kimberly August


Acordei com o sol batendo no meu rosto, ainda estava envolta em meu lençol, vestida somente de calcinha, eu havia chegado tão emocionalmente exausta que apenas arranquei a roupa e me deitei, me espreguicei e pude ver toda minha roupa espalhada pelo chão.

Ainda em estado sonolento fui relembrando de toda loucura da noite anterior, daquela dançarina que me deixou alucinada de desejo e ódio ao mesmo tempo, era um misto de pensamentos e sensações que tomam conta do meu corpo e mente neste instante, eu ainda sentia raiva por ela ter me feito de idiota, mas por outro lado a reação dela me deixou intrigada e como não dizer curiosa, acabei saindo daquele lugar tão rapidamente que nem sequer perguntei seu nome e só lembro da frase que ela disse antes de praticamente me enxotar do camarim, logo eu, que estou acostumada a ser dona da situação me senti indefesa e inerte diante de tamanha insolência daquela mulher.

Bem, melhor eu tomar um bom banho para tentar esquecer tudo aquilo, preciso ainda me desculpar com Luc, Alex e Lena, eu simplesmente sumi daquele lugar sem nem dizer nada, eles devem estar minimamente curiosos para entender o que aconteceu.

Levantei da cama e vi que meu celular estava no criado mudo e cheio de notificações, nossa deve ter umas cinquenta mensagens da Alex, tenho certeza, quando abri as mensagens estava lá, comecei a gargalhar sozinha com as mensagens dela, era uma pior que a outra, mas por fim o que de fato ela queria, era saber como foi minha noite de sexo e luxúria já que sumi depois de ler o bilhete da dançarina, pôr fim a mensagem diz que nem que eu não esteja em condições de andar ela aceitaria um não como resposta e que me encontraria no Le Café para almoçar hoje as treze horas em ponto, olhei para o relógio e vi que já era quase meio dia, eu teria que me apressar, afinal depois do meu sumiço me senti mau por não ter avisado nada para eles e simplesmente ter vindo embora, não que eles já não estivessem acostumados com isso já que por diversas vezes me enrosco com alguma mulher e acabo acordando no dia seguinte em algum motel perdido na cidade, mas ontem de fato não foi exatamente isso que aconteceu.

(Play na música 1)

Caminhei até o banheiro para minha higiene matinal, mas antes de mais nada coloquei uma boa música para acompanhar este momento, eu precisava de uma música com muita energia para acordar, sim esta é perfeita, liguei o chuveiro, tirei minha calcinha e entrei embaixo d'água, apoiei as palmas das mãos na parede à frente, arqueei a cabeça para frente e deixei a água quente cair sobre minha cabeça e nuca até sentir descendo pelas costas, a sensação é muito prazerosa, posso sentir todos os meus músculos relaxando, deixei aquela água cair sobre mim por pelo menos uns dez minutos, ensaboei todo o meu corpo lentamente, minhas mãos vão deslizando por cada centímetro do meu corpo nu e me relaxando ainda mais, fiquei aproveitando o banho por pelo menos meia hora, logo me encontraria com Alex, Luc e Lena e sabia que eles iriam me sugar até eu falar tudo sobre a noite passada.

Não me demorei muito pois já estava praticamente atrasada e não queria deixá-los me esperando por muito tempo e eu também estava morta de fome.

Coloquei uma roupa bem casual, uma bermuda jeans, uma regata branca e um tênis, afinal era sábado e eu ia apenas almoçar com meus amigos, peguei minha pequena mochila e sai, o Le Café ficava a apenas algumas quadras do meu apartamento.

Já na entrada vi Alex de longe, lá estava ela toda espalhafatosa, fazendo gestos com as mãos e falando, falando, a coitada da Lena tem uma paciência que não é desse mundo.

Logo Luc me avistou entrando, eu estava de óculos escuros e assim fiquei, eu estava com olheiras enormes e realmente preferia ficar embaixo daqueles óculos para não me sentir tão patética contando o que havia acontecido para eu simplesmente sumir daquela maneira.

Sentei-me na mesa junto cm eles e pedi um café bem forte, antes de almoçar eu precisava é que a dor de cabeça fosse embora.

- Aí está a ela, e pelo jeito a noite foi boa né vadia, nem vai tirar os óculos? - Disse Alex já vindo em minha direção.

- Por favor deixa eu ver os arranhões e roxos no seu corpo. – Foi falando e levantando minha blusa e verificando ao redor de meu pescoço e rindo.

- Porra Alex, para com isso, não tem nenhum arranhão e nem roxo, simplesmente porque não aconteceu nada.

- Nem vem Jackie, não acontecer nada não é com você, pode contar como se livrou das mordidas, chupadas e arranhões? - Disse gargalhando.

- Nossa Alex, deixa ela em paz, ela me parece que está dizendo a verdade. – disse Lena puxando Alex para sentar-se.

- Mas, Jackie confesso que agora até eu estou curiosa.

- Pessoal, eu vou contar, mas por favor me deixem ao menos terminar de tomar esse café para ver se minha dor de cabeça melhora.

E terminei meu café e comecei a contar para eles o que havia acontecido logo que saí do Toilette, desde o momento que recebi o bilhete e a cada frase que eu falava eles permaneciam de boca aberta parecendo não acreditar naquilo tudo, pela primeira vez consegui contar tudo sem que eles me interrompessem.


Point of View – Katherine

(Play na música 2)

Finalizei a descida e não havia como me manter inerte aos olhos dessa mulher, eu a notei lá do alto, seu olhar parecia hipnotizado em meu corpo e não foi diferente comigo, a música que eu havia escolhido para o show desta noite parece ter causado um efeito surreal em nossas mentes, era para ser apenas mais um show de tantos que fiz pelo mundo, mas ela estava deixando tudo diferente, eu só pude notar seus cabelos negros, lisos e compridos, uma maquiagem leve mas que marcava muito bem seus olhos, ela está com uma calça preta extremamente justa marcando totalmente as curvas de seu corpo, e sua camisa preta é praticamente transparente o que deixou à vista sua lingerie de renda e parte de seus seios à mostra, seus braços são totalmente tatuados, definitivamente ela chamava muito minha atenção, o que normalmente não acontece em meus shows pois sempre estou muito concentrada na performance e não reparo em nada ao redor, mas ela me deixou excitada.

Fui descendo no tecido e sentindo um calor imenso em todo meu corpo, não conseguia tirar os olhos daquela mulher, quando na parte da apresentação onde o tecido se entrelaça em meu sexo, não estava conseguindo evitar a excitação, creio que ela tenha percebido que eu estava excitada naquele momento, mas eu não poderia perder o controle, não posso mostrar nenhum tipo de fragilidade ou interesse, muito menos deixar transparecer o quanto ela havia me deixado interessada e totalmente desesperada por tê-la em meus braços, em beijar aquela boca, em ser tocada por aquelas mãos.

Então me recompus, fiz a descida final ficando de costas para a plateia, respirei fundo, coloquei meu roupão de renda, me virei, fixei meus olhos nela, mantive o semblante sério e frio, caminhei em sua direção, aproximei minha boca de seus ouvidos e lhe perguntei:

- Gostou do show?

Juro que pude sentir o corpo dela tremer por completo, mas ela ficou imóvel sem mexer um fio de cabelo sequer, parecia hipnotizada, me virei, ergui minha cabeça e fui em direção ao meu camarim, tenho certeza de que ela me achou um tanto esnobe, mas esta era a intenção naquele momento, eu podia ouvir a mulherada toda gritando para mim, palavras de desejo e outras coisas mais, eu apenas segui e não olhei para trás.

Logo eu estava em meu camarim e John meu fiel amigo e confidente entrou logo atrás de mim, ele estava eufórico e eu, morta de sede, ele rapidamente já foi em direção ao pequeno bar que tenho dentro do camarim e me serviu um Gim com tangerinas, água tônica e muito, mas muito gelo, sentei no sofá, eu estava suada e em êxtase, sempre fico assim após um bom show, mas o de hoje foi especialmente excitante.

- Kath, o que foi esse show? Você estava diferente, é sempre muito bom, mas hoje vou confessar você estava radiante, sexy demais – disse John com empolgação.

- Imagina John, foi só mais um show, acho que a empolgação tenha sido por ser a inauguração da casa e precisava ser um show memorável, só assim deixaríamos o público alvoraçado, como tem que ser, esta é a proposta deste lugar, lembra?

- Não Kath, esquece, você não me engana, já acompanhei mais de cem shows seus pelo mundo todo, acha que não vi a troca de olhares com aquela morena maravilhosa, meu Deus o que é aquele cabelo negro e aqueles braços tatuados? Só tenho medo desta mulher ser confusão.

- Tudo bem, você me conhece tão bem que não vou conseguir te enganar, mas isso morre aqui entre nós, ela realmente me tirou do sério – falei dando uma pequena gargalhada.

- Ela me hipnotizou, não sei, ela tem algo que me atrai e não é só sua beleza, tenho certeza, mas não posso me envolver, minha relação já é bem conturbada para eu ainda ter que administrar essa mulher, não quero nem pensar se a Sra. Jenkins descobre que flertei com alguma mulher, minha vida iria virar um inferno, ainda bem que ela ainda não está no Brasil, achei estranho não vir para a inauguração já que é um dos seus projetos mais ambiciosos, mas achei melhor nem questiona-la, ela estava resolvendo problemas da casa de Berlin, disse que viria somente no próximo mês.

- Kath, me desculpa a sinceridade, mas você não é mulher de se incomodar ou se privar de um boa noite de sexo por causa de Jenkins, mas enfim, não falarei mais nada, olha só, boca de siri, bem, vá colocar uma roupa nesse corpo gostoso para darmos uma volta no salão, vamos ver o quanto você deixou essa mulherada maluca essa noite – disse gargalhando.

John falou já saindo do camarim para que eu pudesse me vestir e dar uma volta no salão, eu só esperava não encontrar aquela mulher, pois seria bem difícil ficar longe dela.

Levantei do sofá, dei uma bela esticada no corpo que agora já havia esfriado por completo e eu já não estava mais tão suada, mas sempre depois dos shows gosto de passear entre o público e sentir a reação, ouvir os comentários e receber os elogios, afinal quem não gosta de ser bajulada?

Abri o pequeno armário do camarim e lá estava meu vestido matador, longo, preto, justíssimo com uma grande abertura que deixaria minhas coxas amostra e um grande decote com total visibilidade para meus seios, afinal eu sei que tenho um belo corpo e porque não tirar partido disso e me divertir um pouco com os olhares de todas aquelas mulheres e quem sabe, vai que encontro aquela morena que confesso ter me deixado incomodada, mas com certeza eu não iria transparecer nenhum ponto de fraqueza, seu olhar profundo me desafia, mas ela não conhece Katherine Ann Jenkins, eu posso ser a melhor ou a pior pessoa a ser conhecida.

Eu já podia sentir meu corpo e mente se transformar na dançarina sexy, fria e meticulosa que acabara de se apresentar e a deixar aos meus pés.

Então saí do camarim, vestida para impressionar a todas naquele lugar, me encharquei de perfume, levantei a cabeça e fiz cara de superioridade, era isso que as pessoas esperavam, elas queriam conhecer a personagem, a dançarina e era isso que eu daria as elas.

Já entrando no salão pela parte lateral do palco e indo a caminho do bar eu já notava as mulheres em alvoroço, elas sorriam para mim, outras comentavam, e algumas mais desinibidas me diziam palavras quentes, mas eu fingia nem ouvir e nem notar o que estava ocorrendo, fixei meu olhar em direção ao bar e assim segui em passos firmes, com a cabeça erguida e fisionomia séria, o que deixava todas as mulheres enlouquecidas, e eu sabia disso, mas confesso que por dentro eu queria rir, aquilo me divertia demais, mas mantive o foco.

Eu queria estar ao lado do bar pois de lá eu teria uma visão privilegiada de quase todo aquele espaço e quem sabe ver a morena novamente, eu sabia que aquilo era confusão na certa, mas eu meu desejo por ela era maior e eu sabia que não conseguiria resistir aquela boca carnuda, aqueles braços tatuados e aquele olhar quente, meu Deus, aquele olhar, posso sentir um calor subindo pela minha coluna ao lembrar como ela me olhava lá de baixo.

Cheguei próximo ao bar e logo já recebi da bartender minha bebida, meu coquetel feito de gin, tangerinas e tônica, rapidamente tomei um gole da bebida e ao levantar os olhos me deparo com a morena sentada em um dos sofás das saletas na lateral do bar, ela estava com as pernas cruzadas e aquela calça justa deixava suas curvas marcadas, aquilo era muito sexy, ela segura um copo longo com um líquido vermelho vibrante e está com a cabeça baixa e com o dedo indicador dentro do copo parece mexer o gelo em movimentos circulares, pode não parecer, mas aquilo é extremamente sexy, eu fixei os olhos nela quando lentamente ela levou o dedo indicador à sua boca, aquilo foi o êxtase daquele momento, eu pude sentir o calor em meu sexo no mesmo instante, eu estava vidrada nela, aquela energia era tão forte que tudo ao redor parecia paralisado, foi quando ela levantou seu olhar em minha direção, ainda com o dedo nos lábios e a única reação que tive foi um grande e sarcástico sorriso que abri para ela, levei meu copo à boca para beber mais um gole de minha bebida e ainda sem desviar o olhar dela passei a língua lentamente em meus lábios e ao final mordi o canto da boca, eu queria que ela percebesse que eu a estava notando e que a estava desejando, mas ainda mantendo meu ar de soberania sobre ela, eu pude notar que seu corpo estava tendo reações espontâneas a todo aquele clima.

De repente sinto John ao meu lado, mas mantive meu olhos nela, ele veio perto de meus ouvidos para me dizer que a Jen estava ao telefone e queria falar comigo, com certeza queria saber como estava sendo a noite de inauguração, eu apenas ouvi as palavras de John sem tirar os olhos dela, assenti com a cabeça para ele, soltei um sorriso para a morena e levantei o copo em sinal de brinde, ela prontamente retribuiu e com um sorriso tão sacana que minha vontade era de correr imediatamente para seus braços e deixar que ela me tomasse de todos os jeitos possíveis e impossíveis, mas eu tinha que manter minha compostura, apenas me virei de costas e fui atender ao telefone lá no camarim.

- Oi Jen, como você está? Como estão as coisas aí em Berlin?

- Kath, não está nada fácil, mas vamos resolver tudo, fique tranquila, e aí como está a inauguração? Como foi o show e a reação das pessoas? Eu queria muito estar aí, mas infelizmente não tive alternativas.

- Jen, isso aqui está uma loucura, está simplesmente lotado, havia uma fila enorme na entrada, acabei de ir até o salão após o show e estão todos enlouquecidos, comentários, e comentários além de estar totalmente lotado. O show foi muito bom, foi diferente pois tudo era novidade para essas pessoas, a casa está com um clima sensacional, você iria amar estar aqui e sentir todo esse clima.

- Kath, eu juro que gostaria de estar aí, afinal já são quase 5 anos sem voltar ao Brasil, toda a reforma deste local eu gerenciei por aqui, mesmo com todas as fotos que recebi e as diretrizes do projeto, não é a mesma coisa, mas enfim, são negócios e são imprevistos que não temos como escapar. Mas tudo bem, já estou finalizando as coisas por aqui, creio que mais três ou quatro semanas estarei por aí, bem, vá se divertir amanhã te ligo com calma para falarmos melhor.

- Ok Jen, falamos amanhã e te conto tudo com detalhes.

Nossa, mesmo sabendo que Jen não está aqui me dá um frio na espinha desta situação com a morena do show, desliguei o telefone e suspirei fundo, fiquei parada no meio do camarim olhando ao redor, com o telefone na mão e imaginando aquela mulher, eu já me senti atraída por outras mulheres, mesmo estando casada com Jen eu já havia dado uns beijos aqui e outros alí, mas era tudo uma questão de ego, mas essa mulher, ela definitivamente mexeu com algo em mim que eu nem podia imaginar o que era, eu só sabia que a queria de qualquer maneira.

Ouvi a porta do camarim se abrir e olhei para trás, era John, com cara de assustado.

- John, está tudo bem?

- Sim, está, e aí o que a toda poderosa Jenkins queria com você? Falou com um ar de apreensão e curiosidade.

- Nada específico, só queria saber como estava tudo por aqui e como havia sido o show, nossa as vezes parece que ela sente o cheiro de encrenca. Falei dando um longo suspiro.

- Ela me disse que deve vir para o Brasil em três ou quatro semanas, as coisas em Berlin estão quase ajeitadas, não entrou em detalhes, mas parece que a coisa foi séria.

- Kath, vou te dizer uma coisa, ainda bem que ela não está aqui hoje, pois seria difícil você esconder o desejo que está sentindo por aquela mulher, quando fui te dar o recado você estava totalmente vidrada nela e ela em você, eu tinha a impressão que iam se comer ali mesmo. - Falou rindo.

- John, nem me fale uma coisa dessas, está tão na cara assim?

- Olha, eu posso te dizer que já te vi interessada em outras mulheres, mas nada parecido com o que está acontecendo hoje, estou com medo Kath, por favor tenha cuidado.

- Eu terei, tenha certeza, mas não consigo não pensar nela, imaginar aquela boca em minha boca, aquelas mãos grandes tocando meu corpo, isso está me deixando realmente fora de órbita, será que ela ainda está lá no salão?

- Não sei, mas creio que sim, pois ela parece ter te desejado tanto quanto você a ela.

- John pegue uma caneta e um pedaço de papel, rápido, por favor – disse com a voz apressada.

- O que você vai fazer kath?

- Eu não, você vai, vai entregar um bilhete para ela e garantir que ninguém perceba que fez isso e garantir que ninguém virá até aqui até que eu te diga que está tudo ok e dê um jeito de sumir com o segurança que está aí na porta.

John me entregou um pequeno papel e uma caneta, eu abaixei um pouco e apoiei o papel em cima do pequeno bar do meu camarim e escrevi apenas uma frase: Te espero ansiosa - camarim 2, dobrei o papel ao meio e entreguei ao John.

- Você sabe o que fazer, certo? Entregue isso a ela e não diga uma palavra sequer e cuide para que ninguém se aproxime deste camarim, somente ela.

- Meu Deus, eu farei isso, mas por favor tome cuidado, é arriscado demais ela aqui com você.

- Eu sei, mas meu corpo não aguenta mais, ele precisa do corpo dela, estou deverás enlouquecendo e preciso entender porque, quem sabe com ela aqui tão perto isso mude e eu veja que é só mais uma boca que eu beijarei, vá logo, se apresse.

Assim que John saiu pela porta do camarim a procura da morena para entregar o bilhete, eu fiquei andando de um lado para o outro, meu corpo estava tremendo por inteiro, minhas mãos suavam, e eu não conseguia me concentrar e não poderia de forma alguma demonstrar minha fraqueza, ou que eu estava totalmente perdida de vontade de me entregar em seus braços, bem, eu nem sabia se ela ainda estaria lá, ou se aceitaria meu convite, mas pensando bem, sim ela aceitaria, o corpo dela me mostrou isso durante o show e naquele momento no bar eu pude sentir mesmo de longe que seu corpo vibrava.

Respirei fundo, e resolvi colocar uma música para me deixar mais calma, eu precisava me recompor, afinal eu não deixaria ela notar o quanto eu estava desconcertada e a desejava, nada seria diferente do que ela viu, eu seria ousada, mas deixaria claro quem controlava a situação.

(Play na música 3)

Eu estava em pé bem ao fundo do camarim e de costas para a porta e bebia um pouco, confesso que estava nervosa e ansiosa, não sabia se ela viria, até que notei que alguém abriu a porta lentamente, eu tinha certeza que era ela, eu podia sentir um perfume poderoso, com aroma que aquecia mais ainda meu corpo, me mantive de costas e notei que ela parecia hesitar em abrir a porta totalmente e entrar, eu apenas sussurrei para ela.

- Entre, estava te esperando.

Então ela abriu o restante da porta e entrou no camarim, mas permanecia a frente da porta, parada, estática, me virei de frente para ela que no mesmo instante fechou a porta em suas costas, mas sem tirar os olhos de mim, fui caminhando lentamente até ela, nossos olhos estavam em chamas, eu podia notar que seu olhar por vezes ia em direção as minhas pernas, cheguei bem perto dela, eu confesso, meu corpo está quente, eu estou em êxtase com essa mulher a minha frente, eu sentia meus olhos mudando de cor, isso sempre acontecia quando estava exageradamente excitada, agora eu estava tão perto de sua boca que pude sentir seu hálito adocicado e alcoólico, ela estava imóvel, sem nenhuma reação, mas eu podia sentir que ela estava tão excitada quanto eu, olhei bem profundamente em seus olhos e mordi o canto de meus lábios.

(play na música 4 e 5)

Eu não estava mais aguentando, baixei meu olhar para seus lábios e eles estavam entreabertos, eu estava tão sedenta por aquele beijo que praticamente a ataquei, comecei a beijar aquela boca que eu estava desejando desde a hora do show, eu não quis saber de cuidados, o beijo chegava a ser até violento, eu sugava seus lábios, sua língua e até cheguei a morder seus lábios e sentir gosto de sangue em minha boca, eu estava com minhas mãos emaranhadas em seus cabelos longos quando senti suas mãos em minha cintura, ela me puxou com força de encontro ao seu corpo, desceu uma de suas mãos e pela abertura do meu vestido, ela alcançou minha coxa e foi subindo até apertar minha bunda com força, ainda nos beijávamos, assim que senti aquela mão em minha bunda arfei soltando um leve gemido, eu já estava totalmente molhada, já podia sentir o líquido quente escorrer pelas minhas pernas quando a empurrei com força para cima do sofá, ela caiu totalmente desajeitada, por um segundo eu permaneci a sua frente apenas a admirando, senti a música ao fundo e decidi dançar bem à sua frente, eu sabia que aquilo a deixaria ainda mais louca, fui balançando meu quadril de um lado para o outro no ritmo da música que tocava ao fundo, joguei meus cabelos para cima de um dos meus ombros, arqueando minha cabeça para o lado, eu tinha certeza que estava com uma feição de desejo intenso, eu não iria conseguir me controlar, eu queria aquela mulher, queria ser possuída por ela de qualquer maneira, mas eu era difícil e não deixaria ela me dominar, jamais deixaria aquela situação me deixar vulnerável.

Ela então veio com suas mãos em minha direção tentando alcançar minhas coxas, eu apenas segurei suas mãos com força e as tirei de minhas pernas.

- Não me toque, esse é o trato, apenas admire

Eu ia deixá-la simplesmente perdida por mim, mas não a deixaria me tocar, claro que aquilo também me mataria um pouco, mas ela iria entender que quem domina ali sou eu.

Continuei a dançar em sua frente e podia ver em sua feição que ela estava chegando ao seu limite, acho que ela gozaria ali mesmo só de me ver, eu dançava de forma sensual, levei minhas mãos às coxas e fui subindo lentamente até tocar meu sexo acariciando devagar, eu podia ver ela alucinando e eu também estava alucinada, fui levantando meu vestido até deixar minha lingerie a mostra, sinto que estou com uma feição de pura luxúria neste momento, minha espiração estava ficando ofegante de tanto tesão que eu estava sentindo, mas eu iria provoca-la ainda mais.

- Gosta do que vê? Perguntei com a voz trêmula

- Sim, adoro o que estou vendo, mas deixe-me te tocar por favor.

- Não – eu disse sorrindo

- Porra, eu não estou aguentando, eu quero seu corpo.

Aquele jogo de sedução estava muito interessante e por mais que eu quisesse me entregar inteiramente a ela, eu não o faria, não hoje, fui me aproximando dela abri minhas pernas colocando-as por fora das pernas dela, ela novamente tentou me tocar e eu empurrei suas mãos novamente

- Já disse para não me tocar.

- Porra, o que você quer de mim, quer me matar, é isso? - disse a morena quase sem voz.

Mas antes de parar eu ainda iria deixa-la mais louca do que já estava, então virei de costas para ela, levei minhas mãos acima da cabeça entrelaçando-as em meus cabelos rebolei minha bunda bem próximo de seu rosto, levantei um pouco mais meu vestido, virei minha cabeça em direção a seu rosto e a olhei bem nos olhos, eu realmente estava muito excitada e falei:

- Só vou falar mais uma vez, não me toque.

Eu estava me controlando demais, mas isso estava muito bom, fui descendo minha bunda em direção à suas pernas e sentei, agora eu estava sentada em suas pernas, rebolando e esfregando minha bunda em seu sexo, confesso que não estava sendo fácil aguentar, mas eu precisava, arqueei meu corpo para traz e pude sentir seus seios tocando minhas costas, fechei os olhos e pude ouvir ela gemer, então virei meu rosto e fui novamente de encontro a seus lábios, eu precisava beijar aquela boca deliciosa e assim o fiz, eu podia sentir o cheiro de sexo que inundava aquele camarim e o desejo era surreal, estávamos quentes, soltando pequenos gemidos.

- Porra, você está me deixando louca, eu posso gozar com você assim sabia? – disse a morena com a voz totalmente embargada

- Não, você não vai gozar, não hoje. Eu disse já me levantando de seu colo.

- Como assim, eu não estou mais aguentando, deixa eu te tocar.

Eu então levantei por completo de seu colo, abaixei meu vestido e segui em direção ao bar para pegar minha bebida, eu não sei onde eu estava com a cabeça para fazer aquilo, pois eu estava completamente louca por ela, mas não poderia dar o braço a torcer, ela teria que saber que eu domino e não ela, joguei meus cabelos longos para trás deixando os cair sobre minhas costas nuas a olhei de longe e dei um sorriso sarcástico.

A coitada ainda estava sentada com uma cara de assustada, eu sei que o que estava fazendo era arriscado, mas o que eu estava sentindo por ela era mais que desejo e eu precisava ter certeza que ela estava sentindo o mesmo e de que aquilo não seria apenas uma boa noite de sexo para ela.

Fui me aproximando dela arqueei meu corpo um pouco, segurei seu queixo com força e a fiz levantar do sofá, com ela em pé na minha frente e ainda segurando seu queixo com força eu lambi seus lábios de um lado ao outro, soltei seu queixo a empurrando para longe de meu corpo e com um ar de superioridade e auto controle lhe disse:

- Acabou a diversão, por hoje é só.

Dei um gole em minha bebida enquanto olhava para ela, em seus olhos havia um ar de desespero, com certeza ela não fazia ideia do que eu estava fazendo, porque eu havia chamado ela lá para simplesmente a dispensar.

- Como assim? – ela perguntou com cara de quem não estava entendendo nada que estava acontecendo, ela estava tão assustada que eu até cheguei a pensar que eu havia passado dos limites e que ela iria me odiar.

- Simples assim – pode ir agora eu disse de forma irônica

- Mas

- Amanhã me apresento novamente, venha me ver.

Essa era a chance de saber se eu não seria apenas mais uma noite de sexo para ela, se ela voltasse eu teria certeza que ela também está sentindo algo de diferente entre nós.

Ela estava visivelmente puta com tudo aquilo, mas também estava incrédula e não via raiva em seu olhar, apenas espanto com tudo aquilo que acabara de acontecer, ela vai voltar, tenho certeza.

- Quem lhe garante que eu venho amanhã? - Ela disse com um tom de voz tentando retomar o controle da situação.

Bem, agora era a hora da cartada final, depois do que iria dizer na sequência ela poderia simplesmente me mandar a merda e sumir ou ela com certeza voltaria para me ver.

- Seu corpo, ele garante que você estará aqui amanhã – Disse com um enorme sorriso sarcástico

Então abanei a mão para que ela saísse do meu camarim.

- Filha da puta – ela disse antes de sair

Saiu puta da vida e bateu a porta com força, eu apenas dei uma gargalhada bem alta para que ela pudesse ouvir, ufa eu sei que foi uma cartada alta, mas amanhã a verdade aparecerá.

Puta que pariu, eu não sei nem seu nome, foi tudo tão intenso que não sei seu nome e nem ela o meu, isso realmente foi enlouquecedor, eu nunca havia feito isso com nenhuma outra mulher, é um jogo perigoso, mas que eu estou disposta a jogar com todas as minhas cartas.

Agora é aguardar para ver se ela estará aqui amanhã, mas pela reação de seu corpo ela virá, tenho certeza.


Continua...

Comentários